CACTACEAE

Melocactus violaceus Pfeiff.

Como citar:

; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Melocactus violaceus (CACTACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

357.582,083 Km2

AOO:

156,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Melocactus violaceus violaceus ocorre nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte (Zappi et al., 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Critério: A2c
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Melocactus violaceus</i>, apesar de ter ampla distribuição (encontrada nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) e ocorrer em áreas protegidas, é uma espécie ameaçada pela perda do seu hábitat, sendo que algumas subpopulações já desapareceram pelo avanço de áreas agrícolas. Seu hábitat também é ameaçado pela expansão urbana: e as Restingas estão sendo degradadas pela retirada de areia, queimadas e especulação imobiliária. Desta forma, estima-se um declínio populacional de pelo menos 30% de <i>M. violaceus </i>devido à perda passada e presente do seu habitat. Foi categorizada como "Vulnerável" (VU) correndo um alto risco de extinção na natureza.

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: A população desta subespécie está em declínio (Taylor, 2002).

Ecologia:

Biomas: Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Restinga, Campo rupestre (Taylor; Zappi, 2004).
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 2 Savanna
Detalhes: A espécie ocorre na Mata Atlântica e no Cerrado, crescendo diretamente na areia em meio a arbustos na Restinga, sobre dunas fluviais e em hábitats semelhantes em direção ao interior até 150 m de altitude, e também em Campos Rupestres, em Cerrados de Altitude arenosos a cerca de 1100 m de altitude (apenas no nordeste de MG) (Taylor; Zappi, 2004).

Ameaças (7):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Extraction local high
O habitat de restinga onde a espécie ocorre em Vila Velha (ES) está sendo degradado devido a atividades de extração de areia (Magnago et al., 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
10.5 Fire local medium
O habitat de restinga onde a espécie ocorre em Vila Velha (ES) está sendo degradado devido à ocorrência de queimadas e à retirada de plantas (Magnago et al., 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
10 Human disturbance high
M. violaceus vem sofrendo com a degradação do seu habitat principalmente para fins agrícolas, já tendo desaparecido em alguns de seus locais de ocorrência (Taylor, 2002;Taylor; Zappi, 2004). Também sofre com a expansão urbana (Calvente et al., 2005). Parte do habitat de restinga da espécie dentro da Área de Proteção Ambiental da Massambaba (SNUC) encontra-se degradado devido à pecuária (Freitas, 1990). O habitat de restinga onde a espécie ocorre em Vilha Velha (ES) está sendo degradado devido a atividades de extração de areia, à ocorrência de queimadas e à retirada de plantas (Magnago et al., 2007). As restingas onde a espécie ocorre no município de Conde, litoral norte da Bahia, estão ameaçadas pela especulação imobiliária (Menezes et al., 2009). As restingas do litoral de Pernambuco, onde M. violaceus violaceus ocorre, já foram em sua maior parte degradadas por atividades humanas, de forma que muito pouco da paisagem original permance intocada (Zickel et al., 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) local high
As restingas onde a espécie ocorre no município de Conde, litoral norte da Bahia, estão ameaçadas pela especulação imobiliária (Menezes et al., 2009). As restingas do litoral de Pernambuco, onde M. violaceus violaceusocorre, já foram em sua maior parte degradadas por atividades humanas, de forma que muito pouco da paisagem original permance intocada (Zickel et al., 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture local high
M. violaceus vem sofrendo com a degradação do seu habitat principalmente para fins agrícolas, já tendo desaparecido em alguns de seus locais de ocorrência (Taylor, 2002;Taylor; Zappi, 2004).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.2 Human settlement local high
As restingas onde a espécie ocorre no município de Conde, litoral norte da Bahia, estão ameaçadas pela especulação imobiliária (Menezes et al., 2009).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.4 Livestock local medium
Parte do habitat de restinga da espécie dentro da Área de Proteção Ambiental da Massambaba (SNUC) encontra-se degradado devido à pecuária (Freitas, 1990).

Ações de conservação (4):

Ação Situação
1.2.1.1 International level on going
A espécie é considerada "Vulnerável" (VU), segundo a Lista Vermelha da IUCN (2010).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
M. violaceus violaceus ocorre no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (SNUC), RJ (Pereira et al., 2004), no Parque Estadual de Setiba (SNUC), ES ( Pereira; Araújo, 1995) e nas Áreas de Proteção Ambiental da Massambaba (SNUC), RJ (Araújo et al., 2009), Parque Ecológico de Marapendi (SNUC), RJ (Zamith; Scarano, 2004) e Costa de Itacaré-Serra Grande, BA (Araújo; Marques, 2004).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie é considerada "Vulnerável" (VU), segundo a Lista Vermelha da flora ameaçada de Minas Gerais (COPAM, 1997) e a Lista Vermelha da flora ameaçada do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007)
Ação Situação
1.2.1.1 International level on going
A espécie é legalmente protegida pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Selvagens da Fauna e da Flora (CITES, 2011).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
​A espécie é utilizada como ornamental (Fonseca-Kruel; Peixoto, 2004; Santos et al., 2009).